Sei que o título deste post é exagerado. Nem estou cravando que a Alemanha será realmente a campeã deste Mundial, mas é inegável que ela se torna a maior favorita e os alemães, derrotados na semifinal da Copa passada, em casa, devem estar sonhando com o tetra depois do terceiro massacre na competição, o segundo contra gigantes.E se esse título vier, deverá ser o mais inquestionável desde que eu assisto aos Mundiais. Só para recordar, a própria Alemanha, de 1990, não atuou com tamanha superioridade, nem teve adversários tão tradicionais. O Brasil de 1994 e 2002 também não. Tampouco a França e a Itália de 1998 e 2006, respectivamente. A Alemanha já marcou quatro gols três vezes, caiu em um grupo que, para mim, era o mais complicado para um cabeça-de-chave, com Gana, Sérvia e Austrália. Depois, já goleou Inglaterra e Argentina e ainda poderá cruzar com Espanha e Holanda.
O fato de não ser campeã invicta pode ser usado para desqualificar um possível título alemão. No entanto, vale lembrar que a arbitragem prejudicou muito a equipe de Löw, com a expulsão injusta de Klose na derrota para a Sérvia e ainda deixou o time sem o seu goleador no jogo decisivo contra Gana. Tão questionado antes da competição, Miroslav Klose, artilheiro do último Mundial, e segundo jogador com mais gols em Copas - com 14, um a menos que Ronaldo - vai mostrando que Copa do Mundo é a sua praia.
Outro nome fundamental na goleada sobre a Argentina e em toda campanha alemã é o neo-volante Schweinsteiger. A sua presença e seu posicionamento fazem com que as jogadas da Alemanha já nasçam com qualidade. O jogador, que já estava em decadência na sua posição original, reinventou-se. Melhor para a Alemanha. Um time que teve várias adversidades como as perdas dos goleiros Enke (falecido) e Adler; do zagueiro e lateral-esquerdo Westermann; e dos meias Simon Rolfes e Ballack.
Já a Argentinha se despede e forma até certo ponto humilhante. No entanto, é inegável a metamorfose do time entre as Eliminatórias e o Mundial. Maradona teve muito mais acertos do que erros, mas fica a impressão de que Cambiasso e Zanetti, preteridos pelo treinador, fizeram falta. Diego Milito também poderia ter sido mais e melhor aproveitado.
Argentina: Sergio Romero; Otamendi (Pastore), Demichelis, Burdisso e Heinze; Mascherano, Maxi Rodríguez e Di Maria; Messi, Tevez e Higuaín.
Alemanha: Neuer; Lahm, Mertesacker, Friedrich e Jerome Boateng (Jansen); Khedira (Toni Kroos), Schweinsteiger e Özil; Müller (Trochowski), Podolski e Klose.
Gols: Thomas Müller, Klose (2) e Friedrich.
Destaques: Schweinsteiger, Thomas Müller, Klose, Podolski, Neuer, Özil
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